A mesa. A máquina ligada. O teto.
O fio branco. O fio preto. A porta.
Do cigarro, as cinzas sobre a horta.
O copo d’água, seco. O reflexo.

Um livro, depois outro. Prateleiras.
Cadernos povoados, parcas sobras.
Dedos. Mãos. Eis um braço, e quase goza,
quedo, sobre o braço da cadeira.

A perna. A câimbra. O corpo todo restos.
Um resto de café manchando a hora
de dormir. O sono exausto. A beira.

O isqueiro acende, apaga. Brincadeira.
O peito infla, vaza. O pulsar trota.
Tudo cheio de horror é manifesto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário